
Imagine um recém-nascido de 5 quilos. Esta era eu em 1986. Sim, cinco quilos. E 56 centímetros. Ser grande é parte de quem eu sou desde o berçário. Fui uma adolescente dos anos 2000 que nunca pôde ter um Keds, aquela calça-desejo que era quase um uniforme ou o biquíni que todas usavam. Não é nenhuma tragédia, mas foi, de certa forma, difícil. O desafio de ser fora do padrão moldou minha percepção. Aprendi cedo a me contentar com o que a moda tinha a oferecer para alguém como eu.
No fim da faculdade, conheci a consultoria de imagem. Foi quando aprendi que eu não precisava me adequar à moda e sim ela que precisa se adequar a nós. As roupas, até então amigas/inimigas, passaram a se tornar aliadas, ferramentas estratégicas… E não só para a minha autoestima e bem-estar, mas com potencial para melhorar a vida de muitas e muitas mulheres. Afinal, quantas pertencem ao tal padrão?
Hoje, meu propósito é expandir as fronteiras da consultoria de imagem para mudar a relação com as roupas e a autoimagem de mais mulheres. Sejam elas clientes, alunas ou leitoras. Gabriela Ganem