Há algumas semanas tornou-se pública uma pesquisa da Universidade de Chicago que evidencia uma característica cruel do mercado de trabalho: mulheres que se arrumam costumam ganhar em média 20% a mais do que as colegas que não têm este hábito. Como você deve ter notado, eu não disse “pessoas”, mas sim “mulheres“. Apesar desta mesma pesquisa comprovar que ser atraente influi no salário de todos nós, arrumar-se só tinha um peso significativo no caso das trabalhadoras do sexo feminino. Ou seja, sua imagem pessoal pode ter ainda mais importância no âmbito profissional do que se imaginava.
Não é nenhuma surpresa, sobretudo para quem trabalha na mesma área que eu. Cada vez mais estudos comprovam que a sua imagem pessoal é extremamente relevante para todos os âmbitos da sua vida. Já associaram até o uso de maquiagem a percepção de competência, acreditem! Não me parece lá muito justo, sobretudo considerando que não se exige o mesmo dos homens no trabalho. Sim, eles também obtêm vantagens profissionais pela beleza, assim como nós. Porém “arrumar-se” só interfere no nosso lado da balança… Vendo por outro ângulo, isso pode ser considerado uma vantagem relativa, dado que pelo menos conseguimos contornar essa questão passando um blush, por exemplo, rs. Já eles podem até vestir o melhor terno do mundo, que não faria diferença.
É claro que a competência deveria ser o único critério nessas circunstâncias. Isso é o certo e é indiscutível. Ao mesmo tempo, a gente sabe que imagem é extremamente importante para o ser humano. Já dei este exemplo antes, mas não custa lembrar: nós somos seres que não levamos para casa uma lata amassada do mercado. A visão é o sentido do qual mais dependemos. É instintivo.
Ao mesmo tempo que não é justo, é da nossa natureza. Não aprendemos ainda a ser completamente objetivos e ignorar a questão visual. Não sei se um dia conseguiremos… É claro que eu acredito que o certo é avaliar sempre um profissional pelo seu empenho e resultados, e de forma isenta para qualquer gênero. Enquanto isso não acontece, talvez seja o caso de incluir o apreço pela imagem pessoal como uma competência profissional, pensando estrategicamente.
Afinal, você mesmo faz isso todos os dias… Quando escolhe um restaurante, quando compra uma casaco, quando escolhe a lata no mercado. Você não está pensando apenas se a comida é gostosa, se o casaco esquenta ou se o molho de tomate está bom. O visual conta – e muito – na sua conta.
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